- Eu to implorando, não foge dele. Olha, você e o Paul têm um lance tão raro, tão poderoso, não vai amarelar agora.
- Amarelar? Ele me traiu!
- Sandra esquece isso. Isso já foi a muito tempo, e olha, foi com uma das suas amigas safadas, uma amiga de quem ironicamente você não ta com raiva! E sabe por quê? Porque você não ta nem ai. Você ama tanto o Paul que perdoou ele no momento em que soube, e foi isso que te assustou.
- Não faz idéia de como eu me sinto, não faz!
- Faço, faço sim. Eu já passei por isso. E olha, eu fiquei assustado pra caramba também. E se ele me magoasse? E se ela me deixasse? E se ela morresse? Seria o fim pra mim. Então eu fugi no começo, antes que isso acontecesse. E quer saber? Esse foi o maior erro que eu cometi na vida. E você ta cometendo o mesmo erro agora, e eu prefiro morrer a ficar assistindo isso. Você tem que se arriscar Sandra, se arrisca. Eu não fiz isso, e olha pra mim? Eu sou vazio, solitário, eu sou um trapo humano. Isso não significa que você não vai se magoar. Mas uma coisa eu te garanto: qualquer dor que você sentir, nunca, nunca vai se comparar ao arrependimento por ter desistido do amor. E pra alguém que já sentiu os dois, acredite, a dor aparece todos os dias da semana, e nos domingos é muito pior. Não foge dele, não faz isso.
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Essa é uma passagem de um filme maravlhoso, “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas”. O filme, sobretudo essa parte, foi muito importante pra mim. Não sei se foi o destino, mas eu o assisti quando mais precisava de força. Quando mais de uma vez estive prestes a abondonar e desistir de amor por causa de uma decepção enorme, e da dor que ela causa,dor que não passa. Eu poderia ter ido embora. Eu quiz ir embora, para não ficar e ter que suportar a maior tristeza que jpa senti. Mas eu teria jogado fora a coisa mais preciosa da minha vida. Eu poderia ter abandonado esse amor por causa justa e bem justificada, e estaria com a razão. Mas eu fiquei. Eu não posso deixar o medo de me magoar de novo arrancar da minha vida o que é mais importante pra mim. É racionalmente uma tolice, mas isso é ouvir o coração. E para cada pessoa que me diz que estou errado, eu digo que estou fazendo a coisa certa. Uma segunda chance. Uma segunda chance para nós, uma segunda chance para mim mesmo. Perdoar, esse gesto pode me conceder de volta o que eu poderia ter perdido para sempre. A verdade é que eu amo tanto, que eu sou capaz de voltar a confiar , voltar a acreditar, e superar as mentiras. Eu amo tantao que estou aqui sabendo que isso não garante que eu não vá sofrer. Mas, se assim for, eu juro não derramar uma lágrima, mas sim exibir um sorriso verdadeiro por saber que eu tentei, que dei tudo de mim, que valeu apena. Eu jamais vou sentir a dor do arrependimento por não ter tentando, por ter desistido. Eu acredito no amor sim, e acredito nas pessoas, e acredito que os erros podem ser perdoados e reparados. Eu acredito em nós.