domingo, 17 de janeiro de 2010

Mágoa

O que é o amor? Não pode ser essa dor esmagadora. Não pode ser a decepção. Tão pouco esse pesadelo do qual eu ainda não consegui acordar. O que eram aquelas palavras? Tão sujas tão perversas tão aniquiladoras. Elas tiveram o poder de me fazer sentir oco. Ou antes, fosse apenas um vazio do que essa tristeza avassaladora. Eu quero fazer parar, mas as imagens voltam a cada segundo, acompanhadas de pontadas de mágoa e de uma imaginação doentia, que torna pior o que já é impensávelmente doloroso. Onde está a poesia desse texto? Deve ter se perdido, ou trocou de lugar com o medo que tomou conta do meu coração. Medo de dormir porque eu sei o que vou ver nos sonhos, medo do amanhã e até mesmo do hoje. É incrível que de alguma forma ainda exista amor aqui. Seus alicerces estão abalados, e estiveram prestes a ceder, mas ele está aqui. Emprestando-me uma força maior do que eu jamais pensei possuir e me fazendo seguir em frente. Fazendo-me continuar lutando por algo que eu já não sei mais se acredito. O ser humano é contraditório, é intrigante, é assustador. O ser humano é surpreendente, é imprudente, é absurdo. O essencial invisível aos olhos está tão embaçado, não é mais do que uma idéia difusa na minha cabeça. Espero que aos poucos, eu não me torne só mais um, espero que não me torne incapaz de ver além do que meus dois olhos podem enxergar. Espero que já que existe o erro, exista a culpa, exista o arrependimento e a redenção, e eu possa voltar a acreditar nesse amor como antes. Agora eu percebo, esse texto não é poético. É um simples e óbvio desabafo. Eu estou esperando aqui pra poder olhar nos seus olhos e me sentir feliz.. Quero do fundo do meu coração que o tempo volte a parar quando eu abraçar você. Eu quero me sentir especial só de lembrar que você faz parte da minha vida, como antes. Já que eu não posso apagar essas lembranças, já que elas são tão reais como meus pesadelos provaram ser, eu quero lembranças novas. E eu quero que seja você a me oferecê-las. No fim, o que é o amor? Não pode ser essa dor esmagadora Não pode ser a decepção. Tão pouco esse pesadelo do qual eu ainda não consegui acordar.

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